18 de setembro de 2013

Arquivo

A minha mente já não cresce
desde que parei de crescer,
as memórias multiplicam-se
então assumo que as minhas coisas
estão guardadas numa dispensa.

Os meus joelhos
Os meus pés
um arquivo que anda
em desordem ordenada
em profunda ponderação
de um navio sobrecarregado.

Às vezes quero deitar-me num banco do jardim
mudar a minha maneira de ser e sentir,
pensar naquilo que perdi por dentro
e do que perdi por fora,
mas as palavras abandonam-me
como ratos que abandonam um barco
quando este se afunda.
...
Vento