15 de junho de 2011

A alma sangra

...
Em frente à minha janela
vive a cidade triste,
no escuro da noite
enquanto observo a lua vermelha,
a voz dentro de mim,
diz:

Segue-me pelo vale
que conheces,
a luz da tua alma sangra,
sobrevives contra a vontade de muitos
mas o teu silêncio atento observa.
Esquece o sentido das palavras
que ficam ao sabor de cada um
só tu sabes porque escreves
e para quem...
A voz da imagem imperceptível
assume os sentidos,
um ruído surdo e contínuo
faz eco na minha mente
e termina assim:

Este mundo não é para ti,
vem a mim...
encosta...
a cabeça no meu ombro…
Abraço-te,
Ofereço a força que precisas.

Segue-me pelo vale
que conheces,
a luz da tua alma sangra…
Vem a mim,
Vento...
chegou a hora de partires.

Vento
...