24 de fevereiro de 2011

Vozes do pensamento

...
Guardei as palavras que escrevi
antes de adormecer na floresta
num lugar escondido, sem acesso…
Ecos longos, segredos negros,
do charme estranho que se gosta ou não.

A pequena nuvem cinzenta
perde pedaços pelo caminho
longe do olhar indiscreto
que a observa do solo.

Tornou-se insuportável ouvir
quem não decifra o silêncio,
cala-se a voz do pensamento
que da garganta não sai ruído.

A personagem melancólica
navega sem nexo, submersa
na tempestade
dos pensamentos.

Num mundo sem espaço
e sem lugares desabitados,
necessita de se esconder
por um longo período de tempo.

Vento
...