17 de agosto de 2010

Delírio presente

...
O que escrever
com os sentidos
desfeitos em pó!

As gotas secam no rosto
receita imprecisa que não alivia
a necessidade de respirar
no meio do nada
distante de tudo.

Sou uma folha solta
pousada num jardim
um vazio por preencher
nas horas mortas
sem sentido.

As sombras mortificam
a minha alma,
simplesmente, não sei...
Não sei traduzir este delírio
agora presente!

Vento
...