Nos dias em que se espera silêncio
o outono toca-nos dia após dia,
penso por um momento...
Quem me dera que a chuva viesse
e nos diluísse um ao outro,
e pela noite dentro ao sabor da corrente
navegássemos em direcção ao mar.
Foi no outono, num dia qualquer
há muito tempo
que perdi o controle de todos os dias
não importa,
são todos iguais uns aos outros
não houve noites a separá-los,
porque não durmo.
O meu coração é demasiado grande
para o meu corpo
então deixo-o voar,
mas estamos tão pouco
onde estamos
onde estamos
é que no fundo
tudo é pouco
tudo é insignificante.
Questiono-me:
A quantos beijos estamos hoje de distância?
...
Vento