Às vezes fico com a vista parada
num teto durante um momento.
num teto durante um momento.
Os olhos deixam de ver por fora e o corpo
parece que não o sinto…
parece que não o sinto…
Então espanto-me,
desta coisa estranha que é viver,
faço-me perguntas que cortam
e o que sou fixa-se num ponto.
faço-me perguntas que cortam
e o que sou fixa-se num ponto.
A voz que vive em mim e que me diz
isto e aquilo sem palavras
que também serei menos um em breve.
Que tudo o que penso agora,
e o que pensei e chegarei a pensar
há muito que não é nada.
Porque prendem o amor
com correntes invisíveis
para que não fuja!
Vendam os seus olhos para que não olhe!
Reclamam para que não viva!
Entretanto o amor morre, diluído no tempo
desvanece em algum raio de sol.
...
Vento