29 de junho de 2011

Fragmentos

...
As palavras libertam-se dos dedos
como desejos e sonhos,
pedaços de mim, soltos,
notas suaves de um piano
sem verbos desnecessários,
porque a vida não é perfeita
com as suas improbabilidades.

No papel, transponho obstáculos
nos desenhos tímidos e incertos,
revelo fantasias e realidades
impróprias para consumo.
São fragmentos de pensamentos submersos
mas visíveis dentro de mim.

Tantas vezes ausente da mente
navego nas sílabas imponentes,
liberto a ansiedade inconsequente
nas visões e nas fábulas de ficção.
No final de cada viagem
de regresso do infinito,
enfraqueço como todos os seres humanos.

Vento
...