Gosto da melancolia dos teus olhos
quando me olhas na noite,
acompanha-te uma brisa fresca
que me toca pelos espaços abertos do teu corpo,
perco-me na carícia dos teus gestos
que vieram ao encontro dos meus silêncios.
Gosto desse teu modo calmo, sossegado
com que te encostas no meu peito
e te deixas ficar
entre ternuras e embaraços,
como se tudo ficasse, de repente parado
e o teu mundo fosse delimitado
pelos meus braços...
Gosto da tua voz, tranquila, de tom suave,
com que falas, como se acariciasses
cada palavra que dizes...
A tua presença é um infinito sossego,
um pedaço de sombra onde me abrigo.
Sem ti....
Sou náufrago, entregue à sorte do desnorte,
personagem sem rumo que subitamente
se torna distante..
...
Vento