22 de julho de 2014

Escravo

Eu liberto os olhos
do meu rosto
para que possa ver
além do espaço vazio.

Sobra o silêncio das árvores
Sobra o silêncio do mar,
os dois têm tons semelhantes
coincidências que estabilizam.

Acompanho o pensamento.
nada segura o corpo
que se torna livre
por um breve instante.

Finalmente consigo ver luz
tudo o que envolve não prende
não maltrata
não escraviza
nada é mais aquilo que parece.
Agora sim...
O escravo de mim
morreu por um momento.
...
Vento

17 de julho de 2014

É assim...


É assim que um dia
dizemos adeus,
de muito longe,
a alguém que nós fomos.

Desejo mais que isto
e ao mesmo tempo nada.
Só os teus beijos
tapam a minha boca.
...
Aconchego-me em ti... 
...
Vento

9 de julho de 2014

Os teus olhos

O céu reflecte perfeitos
os teus olhos
acredito que as noites
connosco dentro
não acabam,
o infinito pertence-nos,
e esse é o momento…

Os teus olhos,
o reflexo
dos meus
nos teus olhos,
e estamos tão pouco
onde estamos.
 ...
Vento

2 de julho de 2014

Embriago-me de Infinitos

 


As noites são feitas de regressos
mas sou quase sempre derrotado,
porque os gestos que afastam
já estão carregados de indiferença.
Acompanha-me o som das noites
da reflexão desvanecida.

Quando na minha mente um corpo desaparece
nos sinais da sua passagem,
deve ser porque se começou a eliminar
a sua presença dentro de mim.

Entretanto embriago-me
de infinitos.
 ...
Vento 

http://www.youtube.com/watch?v=0hFo9E5PAwo