29 de julho de 2010

Céu escuro

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Cai a noite e o vento sopra na escuridão
uma luz brilhante ilumina o quarto,
olhar perdido no céu escuro
como se pudesse sentir o divino.

As estrelas brilham no espaço profundo
o rasto dos traços de luz formam desenhos
navegam acompanhados de partículas
sem direcção, rumo ao infinito.
Como se eu pudesse ver o destino
através dos meus olhos...
Como se alguém pudesse sentir o vento
nas palavras silenciosas...

Em pedaços, espalhados pelo chão
a pele sangra de dor.
Não há orações possíveis
que façam esquecer o tempo.

Vento
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27 de julho de 2010

Tudo o que te dou...

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A música faz-me entrar em transe
esqueço a minha própria existência,
porque a musica é mais do que palavras
muito mais intensa que imagens.

Se alguém me disser que vagueio pelo universo!
Eu não vou negar, eu voo constantemente...
Se perguntarem se as estrelas emitem sons?
Direi que sim…

Sei disso... basta olhar para céu da noite
quando saio da caverna que habito.
Pede-me o sol e a lua,
subo ao céu para os trazer.
Pede-me para o tempo parar
que faço a terra deixar de girar.

Porque tu...
és tudo…

Pede-me tudo o que quiseres,
só não peças para te esquecer.

Vento
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23 de julho de 2010

Sol silencioso

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Nunca houve quem ouvisse o meu silêncio,
de qualquer modo tenho receio
de não saber o caminho de regresso,
de me perder tão longe
que não me volte a encontrar...

Quando as nuvens ficam invisíveis
as mãos do sol silencioso
queimam a pele.

Aqui estou...
Ao teu dispor...
Aqui permanece o meu corpo
rodeado de chamas…

Vento
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13 de julho de 2010

Momentos...

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A vida é feita de desvios,
escolhas, opções...
Há que estar atento...
aos pormenores...

Não ver o copo de água,
mas as gotas que o encheram.

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8 de julho de 2010

Prazer


Uma explosão sem limite
provoca um arrepio
ao longo do corpo,
olhos entreabertos
respiração ofegante,
intenso prazer...
impossível
descrever.

“O mundo parte-se em dois
para num ápice se voltar a unir.”

Vento
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1 de julho de 2010

Castelos invisíveis

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Durante a noite
enquanto o mundo dorme
caminho à volta da lua,
não te preocupes
que eu volto.

Construo castelos
no céu e na areia,
desenho o meu mundo
que ninguém entende,
mas, sinto-me vivo.

Durante o dia
sente-me no abraço do vento
a tentar fazer o meu melhor
quando tudo à minha volta
parece errado.

Vento
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